terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Spot - Ponto de Encontro


A palavra «Spot» pode definir-se como ponto de encontro. Por isso, não podia ser mais adequada a designação escolhida para o bar que abriu no Centro Comercial Stop, na noite de ano novo. O Spot é um ponto de encontro entre a cidade e a galeria comercial onde está instalado. Serve de palco para as bandas que fazem das lojas do Stop a sua sala de ensaios, mas também ali atrai projectos oriundos de outras paragens. A música ao vivo é a impressão digital do Spot, tanto no formato concerto como em jam session – as quintas-feiras recebem as já míticas sessões de improvisação do Uptown. A sexta e o sábado aguardam os principais espectáculos, esperando-se heterogeneidade de estilos. A despedida do fim-de-semana, ao domingo, faz-se com concertos acústicos. Apesar de a agenda de concertos estar bem nutrida para as próximas semanas, nem só de sons vive a programação da casa.O teatro alterna com os espectáculos de jazz, nas noites de quarta-feira. As artes plásticas estão sempre presentes, com exposições mensais, podendo apreciar-se, até final de Janeiro, as fotografias de Rui de Almeida Cardoso, que retratam... concertos.
CC Stop, R. Heroísmo, 329, Loja 138 Porto

Publicado na Visão em 21 de Janeiro de 2010

El Dia que me Quieras - Há Tango na Baixa


A prometida nova vida das Galerias Lumière começa a ganhar forma. A noite de passagem de ano foi viu nascer um projecto com toque internacional. É argentino e tem orgulho nisso. Foi buscar o nome, El Día que me Quieras, a um tango de Carlos Gardel e trouxe para a Baixa do Porto um cheirinho a Buenos Aires. Ali pode beber-se um copo de vinho do país de Maradona, enquanto se saboreia uma empanada. Além dos copos e dos petiscos, promete animação cultural, do teatro à moda, da música ao vivo aos sets de DJ. A programação, que será trabalhada e partilhada pelos novos inquilinos das galerias, vai agitar o átrio do centro comercial, que vai funcionar como uma espécie de pista de dança a todos os bares. Nas noites de Janeiro, o El Día que me Quieras já tem a companhia de um espaço especializado em sobremesas. Dentro de algumas semanas, espera-se a inauguração do Inferno, bar de Fernando Alvim. Quando todos os estabelecimentos se instalarem, as Galerias Lumière, à noite, vão assemelhar-se a uma discoteca com vários bares. Só que estes não serão apenas balcões que disponibilizam bebidas, têm todos uma personalidade própria.
Galerias Lumière, R. José Falcão, Porto

Publicado na Visão em 14 de Janeiro de 2010

Museu D'Avó - Petiscos Fora de Horas


A noite não se faz só de festas, música e copos. O Museu D'Avó, inaugurado em Setembro, tem vindo a demonstrar que as noites também se constroem com encontros de amigos à volta de uma mesa de petiscos. Instalado na Travessa de Cedofeita, num dos pólos mais concorridos da «movida» portuense, o Museu D'Avó tem dupla função. Por um lado, atrai clientela própria, que prefere saídas calmas, que conjuguem o convívio com a satisfação da gula. Por outro lado, este bar é um ponto de passagem para aqueles que pretendem forrar o estômago, antes, a meio ou depois de uma noite de folia. A variedade é grande, dos pimentos padrón ao arroz de marisco, da alheira ao presunto, do caldo verde às bifanas. Os petiscos são servidos num antigo armazém de carpintaria, que estava devoluto há 3 anos. As paredes graníticas e os azulejos dão o toque rústico que convém a um espaço que se afirma pela tradição, do palato à decoração. Pendentes do tecto ou nas vitrinas espalhadas por toda a sala há inúmeras antiguidades, uma assinatura habitual nos espaços de José Albuquerque, como o Museu dos Presuntos ou a Galeria de Paris.
Tv. Cedofeita, 56 Porto

Publicado na Visão em 7 de Janeiro de 2010

Estado Novo - Ditadura da Diversão


A discoteca Estado Novo, Matosinhos, comemora nesta sexta-feira, 25, o décimo quarto aniversário. Ao contrário do regime político com o mesmo nome, a discoteca matosinhense não se serve da noite para fazer buscas e prisões. Antes pelo contrário, este Estado Novo tornou-se conhecido por soltar os noctívagos de qualquer tipo de inibição, dando-lhes a liberdade de se divertirem na pista de dança. A música, sempre ritmada e apelando à dança, abrange diferentes géneros, da house comercial aos êxitos da pop revivalista. A animação semanal começa à quinta-feira, com as famosas festas «Wild Wild Woman», carismáticas noites da mulher da casa matosinhense. As sextas-feiras têm uma clientela mais jovem, seduzida pela música comercial. O inverso acontece aos sábados, quando os sucessos das décadas de 70, 80 e 90 contagiam distintas gerações para a folia.
R. Sousa Aroso, 722 Matosinhos

Publicado na Visão em 24 de Dezembro de 2009

Hit Club Guimarães - Requinte com História


O lustre que atrai as atenções no centro da pista de dança e o mobiliário retro, em tons de negro e branco, são uma espécie de impressão digital do novo Hit Club Guimarães, inaugurado no final de Novembro. Aquelas peças decorativas mostram que o requinte é a meta a alcançar em cada noite, que se quer sempre de folia. «Só podemos falar do novo Hit Club em termos de espaço, porque é evidente a ligação com o histórico Hit Club, que anima a Póvoa desde 1995. As linhas-mestras são as mesmas. O Hit de Guimarães também se dirige a um público bonito e bem formado, que procura alegria, festa e diversão», explica o gerente, Rui Covas. A discoteca oferece três espaços, com diferentes focos de interesse. A pista principal promete borbulhar com a cadência da house comercial. Existe uma outra área onde se ouve e dança a electrónica mais alternativa. A zona VIP agita-se com os sucessos das décadas de 1970, 80 e 90.
Lugar Fundo da Vila, Rodovia de Covas, Urgezes, Guimarães

Publicado na Visão em 17 de Dezembro de 2009

Tendinha dos Clérigos - Culto Massificado


Há 5 anos, ainda a noite da Baixa era um deserto, começou a surgir um rumor de festa vindo dos Clérigos. Cartazes artesanais espalhados pela cidade anunciavam a Tendinha. O rumor acabou por ganhar forma e, muito antes da invasão noctívaga do centro da Invicta, já se dançava na Tendinha dos Clérigos – há uma «irmã» mais velha nos Poveiros - até de manhã. Entretanto instalaram-se cerca de duas dezenas de bares vizinhos, mas a Tendinha não perdeu o encanto. Antes pelo contrário, o culto massificou-se e a animação, sempre com o rock como ignição, continua a abundar. De tal modo que foi necessário ampliar a pista de dança. Para isso, a Tendinha dos Clérigos fechou durante mês e meio e reabriu no dia 27 de Novembro. A cara está lavada, mais colorida e luminosa, mas a alma é a do costume, garante o proprietário, Alberto Fonseca. O próximo fim-de-semana é uma boa altura para conferir a vitalidade da casa. Na sexta, 11, a música é escolhida pelo projecto Le Chat Noir. No dia seguinte, os pratos estão nas mãos do dj Jorge Monteiro.
R. Conde de Vizela, 80 Porto

Publicado na Visão em 10 de Dezembro de 2009